A operação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, além de determinada a medida de afastamento imediato da gestora do cemitério do exercício de suas funções. A operação é resultado da atuação da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça com o apoio do GAECO.
Na manhã desta terça-feira (02/12), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em apoio à investigação presidida pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça, deflagrou a Operação “Vox Mortis”.
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Palhoça, Florianópolis e São José, em endereços vinculados aos investigados e à estrutura utilizada para viabilizar as irregularidades. Além disso a decisão judicial determinou o afastamento imediato do exercício das funções da gestora do cemitério municipal do bairro Passa Vinte, em Palhoça/SC. As ordens judiciais requeridas pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça foram expedidas pela Vara Regional de Garantias de São José. Participaram da Operação três guarnições Táticas da Polícia Militar.
A investigação apura a atuação de um grupo liderado pela gestora do cemitério, responsável pela venda de espaços e jazigos de forma irregular. Consta que a principal investigada movimentou mais de R$ 1 milhão entre 1º de janeiro de 2024 e 3 de junho de 2025, apesar de possuir salário incompatível com vultuoso fluxo financeiro.
No curso das apurações, foi constatada também a utilização de contas bancárias de terceiros para recebimento dos valores oriundos da comercialização ilícita, bem como a participação de coveiros no auxílio à prática dos crimes investigados.
As irregularidades não surgiram recentemente, remetem ao ano de 2017, onde fatos semelhantes já haviam sido objeto de apuração por meio de inquérito policial na Delegacia da Comarca de Palhoça. Em 2024, foi instaurado Inquérito Civil para enfrentar problemas na gestão do cemitério. Mais recentemente, em 2025, um vereador levou novas denúncias à Tribuna da Câmara de Vereadores do município, relatando publicamente as irregularidades e o sofrimento das famílias atingidas. Ainda assim, o esquema criminoso não foi interrompido, o que reforça a necessidade da atuação firme para responsabilizar os envolvidos e impedir a continuidade das práticas ilegais.


