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Benefício fiscal chega a 100% em alguns estados, mas São Paulo só aceita híbridos flex e Minas Gerais exige produção local; entenda as regras.
A chegada do calendário de pagamento do IPVA 2026 traz um alento para parte dos proprietários de veículos eletrificados. Atualmente, 17 estados brasileiros (mais o Distrito Federal) oferecem algum tipo de benefício fiscal para carros elétricos ou híbridos no próximo exercício.
No entanto, o cenário está longe de ser uniforme. Enquanto algumas unidades da federação zeraram completamente a alíquota para incentivar a descarbonização da frota, outras impõem “pegadinhas” técnicas, tetos de preços ou condicionam o benefício à produção local — caso de Minas Gerais.
A situação mais complexa é a de São Paulo, que traz regras inéditas e polêmicas.
O “caso” São Paulo: híbrido pode, elétrico não
A grande novidade para o IPVA 2026 em São Paulo é a regulamentação da isenção para veículos “menos poluentes”, mas com critérios que excluem a maioria dos importados.
Para ter direito à isenção total no estado paulista, o carro precisa cumprir três requisitos simultâneos:
- Ser híbrido (motor a combustão + elétrico) movido a etanol ou flex;
- Custar até R$ 250.000 (valor de nota fiscal ou tabela Fipe);
- Ter motor elétrico com potência mínima de 40 kW e sistema de tensão igual ou superior a 150 V.
Também descarta modelos que usam sistemas híbridos leve com a Fiat, que usam um motor-gerador abaixo de 40 kW e a tensão fica entre 12V e 48V. Na prática, somente os ToyotaCorolla e Corolla Cross recebem a isenção, por serem os únicos híbridos flex do país.
Onde a isenção é total (100%)?
A vida é mais fácil para o proprietário de elétrico no Nordeste e no Sul. O Distrito Federal mantém sua política de alíquota zero para elétricos e híbridos. O Rio Grande do Sul isenta totalmente os elétricos, assim como Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A Bahia também concede isenção, mas com um teto: o veículo não pode custar mais de R$ 300.000. Acima disso, paga-se o imposto integral.
Como é a isenção de IPVA 2026 em todos os Estados do Brasil:
- Acre (AC): Isenção para elétricos e híbridos.
- Alagoas (AL): Isenção total no primeiro ano (veículo novo); depois, alíquotas reduzidas.
- Bahia (BA): Isenção para elétricos até R$ 300.000.
- Ceará (CE): Alíquotas progressivas (começou baixa e sobe gradualmente até atingir o teto em 2026/27).
- Distrito Federal (DF): Isenção total (100%) para elétricos e híbridos.
- Espírito Santo (ES): Alíquotas reduzidas para a categoria.
- Maranhão (MA): Isenção total para 100% elétricos; híbridos têm alíquota de 2,5%.
- Mato Grosso do Sul (MS): Desconto de 70% na base de cálculo (paga-se 30% do imposto devido).
- Minas Gerais (MG): Isenção apenas para veículos produzidos no estado (ex: híbridos Stellantis locais).
- Pará (PA): Isenção para elétricos.
- Paraíba (PB): Isenção total para elétricos; híbridos têm desconto.
- Paraná (PR): Isenção automática foi revogada em 2024, mas para 2026 há previsão de alíquota reduzida (1,9%) em pauta.
- Pernambuco (PE): Isenção total para 100% elétricos.
- Piauí (PI): Alíquotas diferenciadas para elétricos.
- Rio de Janeiro (RJ): 0,5% para elétricos; 1,5% para híbridos.
- Rio Grande do Norte (RN): Isenção total para elétricos.
- Rio Grande do Sul (RS): Isenção total para elétricos.
- São Paulo (SP): Isenção apenas para híbridos flex/etanol até R$ 250 mil; elétricos pagam 4%.
Fonte: Quatro Rodas.


